Resumo: | As possíveis relações entre os níveis de lactoferrina do colostro e de outros componentes relacionados com índices bioquímicos de ferro e outros índices maternos foram investigadas em 45 voluntárias pertencentes a diferentes níveis sócio-econômicos, divididas em três grupos. O primeiro grupo foi constituído por mães de classe média e média-alta; o segundo, por nutrizes de nível-sócio-econômico baixo, com renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos; e o terceiro, também composto por mães de baixo nível sócio-econômico, com renda familiar entre 2 e 3 salários mínimos. Foram coletadas amostras de colostro e sangue do primeiro e terceiro grupos, e apenas colostro do segundo grupo, entre o primeiro e quinto dia pós-parto, sob condições padronizadas. Não foram encontradas diferenças significativas por nível sócio-econômico nos componentes do colostro, exceto no caso da proteína e do ferro no soro, significativamente mais elevados nos grupos de menor nível sócio-econômico que, no entanto, foram de pequena magnitude. As concentrações médias de proteína, ferro no soro do colostro e percentagem de saturação da lactoferrina com ferro foram semelhantes às relatadas na literatura. No entanto, as concentrações médias de lactoferrina, e principalmente a razão lactoferrina/proteína, foram mais elevadas. Os índices bioquímicos de ferro das nutrizes, hematócrito e ferritina sérica foram, em média, semelhantes entre os dois níveis sócio-econômicos e adequados quando comparados com valores de referência da literatura. Não houve influência dos índices bioquímicos de ferro das nutrizes estudadas nem do grau de suplementação medicamentosa com ferro usado na gestação, assim como de outros índices maternos como idade, tabagismo, paridade, tipo de parto e complicações na gestação sobre a concentração dos componentes estudados no colostro.^ipt.
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